terça-feira, 28 de outubro de 2014

A MEDIOCRIDADE HUMANA


Autor: Professor Carlos Delano Rebouças

Quem não conhece alguém que usa de sua existência humana na terra com futilidades, aquelas bem distantes dos valores humanos, bem pouco identificáveis pela maioria das pessoas? Pois é, amigos, essa pergunta me faço e faço-lhes, diante da reflexão que sempre procuro realizar, quando me deparo com determinados comportamentos humanos.

Conheço pessoas que aproveitam seu tempo diário, por completo, na valorização do ter, em detrimento do ser, ou seja, que demonstram uma postura absolutamente presa à ideologia capitalista, que estimula o consumo acima de tudo, e que mais vale a convivência com pessoas que pensam e conduzem suas vidas desta forma. É a confirmação da mediocridade humana, infelizmente.

Pessoas assim – fúteis – são identificadas, somente, por pessoas que reúnem conhecimentos mais amplos e variados sobre o comportamento humano; que conseguem discernir entre o que mais importa e o de que nada vale. Quem pensa, acredita e enxerga o mundo somente como um recurso de aproveitamento material, de exploração total de recursos, palpáveis, tangíveis, encontram semelhantes, e nasce, assim, uma identificação que redunda na ampliação de um pensamento destrutivo, que em nada eleva a humanidade e seus valores.

Algumas pessoas podem se perguntar: “Por que muitas pessoas que se comportam assim, vazias de valores humanos, conseguem vencer na vida, conquistando bens, e encontrando-se profissionalmente, enquanto outras, como eu, por exemplo, levo minha vida com tantas dificuldades”? Prefiro entender, como cristão, que se trata de uma oportunidade dada para se testar até que ponto pode chegar a identificação com a luxuria e a colheita de suas consequências.

Mas a mediocridade humana, avaliada sobre estes aspectos, tem sua importância no processo de evolução da sociedade. Ela, como mazela social, serve de estudo e de estopim para um processo de mudança. O homem precisa se transformar, precisa urgentemente passar por uma reciclagem, numa reformulação total de seus valores, a fim de servir como instrumento de transformação, multiplicador, de uma nova tendência. 

Essa revitalização, a qual vai de encontro a essa pequenez humana, e que em nada permite a sua evolução, precisa ser aplicada com urgência, com um trabalho, “formiguinha”, feito no seio da família, em sociedade, no ambiente de trabalho, para que a humanidade possa demostrar todo o seu valor, escondido sob os interesses mundanos.


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