sexta-feira, 10 de outubro de 2014

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BEM MAIS INJUSTO DO QUE INGRATO

Por Carlos Delano Rebouças Pinheiro

Dizem que a ingratidão é um dos piores defeitos do ser humano e que está presente no coração e na consciência da maioria das pessoas deste mundo. Porém, até que ponto a ingratidão pode ser enxergada como uma atitude reprovável aos olhos da justiça?

Quando se percebe que alguém demonstra ingratidão, logo somos levados a questionar as atitudes tomadas. Pontualmente verificamos um comportamento distanciado daqueles que acreditamos serem dignos de reconhecimento, que nos leva imediatamente a fazer uma análise crítica sobre o caráter do protagonista. Não reconhecer o que foi feito por alguém em seu favor, visto e avaliado pela sensatez de terceiros, remete a compreensão de que se trata de uma atitude abominável e injusta.

Esse sentimento, obviamente, demonstra quem reúne características suficientes para a sua compreensão. Todavia, infelizmente, não é para todo mundo. Hoje, o expediente de servir ao próximo está cada vez mais, menos praticado, apesar de ser visto por muitos como uma prática obrigatória do ser humano. Nem sempre é assim, e, quando se conduz a vida desta forma – servindo ao semelhante – quase sempre não se tem o reconhecimento do beneficiado. Um simples obrigado e o registro em sua memória.

Não queremos aqui dizer que fazemos para ser reconhecidos, reverenciados e vistos como fraternos. O que se faz ao semelhante, acreditamos ser como uma retribuição á Deus, que faz tanto por nós, sempre, e como uma forma de representá-lo com atitudes louváveis junto aos nossos irmãos. Contudo, queremos ressaltar que a ingratidão que se tem a quem lhe faz um bem, um favor, significa muito mais diante do ensinamento que recebemos do Pai. Significa na verdade, uma atitude injusta.

No entanto, muito pior que ser ingrato, em não reconhecer o que se faz e o que foi feito por você, é ser injusto em emitir sua opinião, caluniosa, sobre quem mais lhe ajudou, na vendagem injusta da imagem da única pessoa que lhe estendeu a mão, quando não tinha mais a quem procurar.

Infelizmente a humanidade se apresenta assim, ingrata, porém, pela incapacidade de compreender e mensurar a instituição justiça passa a se comportar das mais variadas maneiras, repugnantes, bem distante de aceitar que se trata de uma postura absolutamente injusta. Prefere ignorar a dizer um muito obrigado.



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