domingo, 5 de abril de 2015

O HOMEM E SEUS CONFLITOS



Por Carlos Delano Rebouças

Desde que o mundo é mundo, e a humanidade se manifestou com a sua existência, foram com as relações estabelecidas em sociedade, como assim quis e necessitou o homem, e até mesmo, naturalmente, que percebemos a existência de conflitos.

Uma situação conflituosa, originada dentro de uma relação, seja ela de curta duração, aquela de um contato estabelecido, entre desconhecidos, ou até mesmo, entre pessoas que já se conhecem há um bom tempo, podem ser permeados de possibilidades de existir discordâncias de ideias e de opiniões, que já seria o suficiente para a sua ratificação.

Um conflito não necessariamente redunda em violência moral ou física, onde seus atores se hostilizam e se agridem. Porém, chegar às vias de fatos confirma um extremo absurdo, quando alguém não compreende que existe a possibilidade de um entendimento e que o ato de discordar, de ser contrário a uma opinião, pode ser visto, aliás, deve ser visto como algo absolutamente construtivo nas relações sociais.

Somente assim o homem consegue construir suas opiniões, respeitar as dos demais, e a desenvolver em si a capacidade de aceitar as diversidades.

Não podemos negar que homem, este animal social, também convive com seus conflitos internos, daqueles que em alguns casos não são solucionados facilmente, devido às dificuldades que tem de relacionar-se com seu “eu”. Acaba, infelizmente, mergulhando em crises existenciais, fechando-se muitas vezes para o mundo, e, quando se abri, torna-se incompreendido, e, também, incompreensível com as pessoas que convive, gerando conflitos maiores, mais complexos, porém, não insolúveis. Precisamos ser bastante otimistas na busca de soluções para os nossos problemas.

O homem precisa principalmente no auge de um conflito interno, da ajuda de todos os envolvidos, sejam eles, parentes, amigos e sociedade como um todo, a fim de que se encontrem respostas para as tantas indagações contidas em sua mente, que na ausência de respostas, convincentes, leva à insanidade. Resulta em atitudes comportamentais que influenciam negativamente na sociedade, contribuindo para o estabelecimento de situações nada harmoniosas.

Mas o homem pode lidar com o conflito sem enxergá-lo como um problema a ser solucionado. Muito pelo contrário, o homem pode vê-lo como um aliado, com o uso de sua capacidade perceptiva, mesmo que a sociedade tente defini-lo como um vilão. Não demora a entender que esse vilão pode ser o mocinho em sua vida.

Quem dera o homem não mais conviver com seus conflitos, nem mesmo, percebê-los em sociedade, nas relações existentes. Como seria chato, não é, viver em um mundo onde ninguém discordasse de ninguém, numa concordância absoluta. Pois é, serviria, somente, para estagnarmo-nos ainda mais como humanidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário