Por
Carlos Delano Rebouças
Diante de uma matéria que assistia na TV,
a qual tratava da proeza de alguns montanhistas na escalada do monte Everest,
com o objetivo principal de chegar ao seu ponto mais alto, inevitavelmente fui
levado a me questionar sobre o que pode levar o homem a querer chegar a pontos
tão extremos do planeta.
Muitos são os motivos, desde a vontade
de superar limites, antes, estabelecidos por alguém, de forma competitiva, até,
a vontade de descobrir o novo e cravar as bandeiras da descoberta e da
conquista. Com a palavra Pedro Álvarez Cabral.
Um dia, um brasileiro de sobrenome
Dumont resolveu voar como um pássaro; e de “louco”, tornou-se o inventor do
avião. Com isso, estimulou a se buscar voos muito mais altos e bem mais
distantes de terra firme. O homem chegou à lua.
O homem também trabalhou para a sua
autoflagelação, acreditem, quando desenvolveu armamentos pesados, de alto poder
de destruição, estimulados, inquestionavelmente, pelos até então estilingues, e
arco e flechas, usados por tribos e antigas civilizações. O pior é que o homem busca
aprimorá-los, cada vez mais, ininterruptamente, aumentando circunstancialmente
o seu potencial de destruição.
Como é audacioso esse ser chamado homem,
que com sua inteligência e ambição, sempre busca superar limites! Desbrava e
descobre tudo que lhe interessa, mesmo que se tenham dúvidas sobre o que lhe
interessa, de fato possa interessar também sociedade.
Quem dera descobrisse a cura de tantas
doenças, como a AIDS e o câncer, não é?
E aqui estou eu, sentado a minha
cadeira, escrevendo, temeroso, acreditem até em subir alguns degraus de uma escada,
quiçá, escalar um monte tão alto como o Everest. Prefiro superar outros limites,
não tão difíceis quanto à escalada do Everest, mas que fazem me sentir mais seguro,
diante dos pés fixados ao chão.
O grande obstáculo para esses
aventureiros não é a montanha, nem menos a sua altitude e dificuldades de
escalada. Absolutamente significa a necessidade que o homem tem de querer
superar seus próprios limites, aqueles que acredita existir, sempre, como o céu
do voo dos pássaros, que um dia, foi de sua exclusividade.
O
Everest, dentre tantos outros pontos altos do planeta, é somente o pano de
fundo de um cenário que representa, simplesmente, a vontade de descobrir o
novo; de superar limites; e de uma autoafirmação, na certeza de que para o
homem nada é impossível.
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