quinta-feira, 16 de abril de 2015

ODIAR: PALAVRA FORTE DEMAIS PARA SER DECLINADA


Autor Carlos Delano Rebouças

Quantos questionamentos são feitos e nos fazemos diante atitudes humanas, que permitem uma reflexão profunda sobre o sentimento que envolve os corações, não é? Assim fui levado ao ouvir de uma criança, que pegava aos braços um indefeso gatinho, que não podia criá-lo, quando sugerido a sua adoção, porque sua mãe odiava gatos e cachorros.

Mas o que pode levar uma pessoa a demonstrar um sentimento tão forte por um ser que em momento algum fez ou tem condições de fazer um mal contra ela? Será que a sua simples existência já seria o suficiente? Será que existem razões suficientes para se odiar? Será que também pode se tratar de uma palavra tão forte declinada por uma criança, que parece está sendo orientada a desenvolver sentimentos semelhantes?

Prefiro não fincar minha análise na educação da criança, coitada, pois que não sabe o que diz. Prefiro preocupar-me com o coração dos homens, adultos, que orientam filhos a desenvolveram seus sentimentos da mesma forma que passaram a enxergar um mundo amargo, que ajuda a transformar a cada instante.

Pobre dos gatos! Pobre dos cães! Como são amigos e amáveis; e sofrem tanto com as atitudes humanas!

Há quem defenda que quem não ama, não cuida, mal trata e até, desconsidera qualquer possibilidade de criar um animal, sem justificativas suficientes para negar qualquer tipo de sentimento contrário, são pessoas insensíveis, amarguradas, mal amadas, e difíceis de conviver até com os semelhantes, e se podemos dizer que são semelhantes, sendo tão diferentes.

Odiar é uma palavra que exprime um sentimento muito forte, contrário ao amor pregado pelo criador. Dizer que ama, parece tão difícil para alguns, sobretudo, para aqueles que amam de verdade, mas que sentem vergonha em dizer. Já odiar, poderia ser vergonhoso, inaceitável, indeclinável, mas é dito, porque parece bem mais espontâneo do que verdadeiro, prefiro acreditar assim, quando sai da boca de determinadas pessoas, principalmente crianças, ingênuas, que nem sabem o que dizem, quase sempre como seus pais, de comportamentos infortúnios, merecedores da misericórdia divina.

Vamos preferir o amor ao ódio. Vamos direcionar o verdadeiro sentimento que Deus nos fala tanto em seus mandamentos não somente aos semelhantes, como também, aos brutos, que são tão verdadeiros nos seus sentimentos conosco. Sejamos honrados, na certeza que somos criaturas divinas dignas de sua existência e cultivemos o amor na educação de crianças e jovens deste mundo.

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