terça-feira, 14 de abril de 2015

OS HOMENS E OS RATOS


Por Carlos Delano Rebouças

Quando se pensa em fazer algum experimento, de repente usam-se ratos como cobaias, pela grande aproximação que têm conosco, homens, tanto devido a sua fisiologia, como pelo seu tempo de gestação, que é somente de 21 dias, comum nos camundongos, que exige uma rapidez maior em busca dos resultados.

Na semana passada, em meio aos deputados federais que participavam de uma sessão no plenário da Câmara dos Deputados, para ouvir acusados de participação no escândalo do “lava-jato”, vários ratos foram soltos, como forma de protesto por parte de um funcionário, que fez a escolha pelo animal, comparando-o aos nossos políticos.

Pobres dos ratos. Pisoteados, alguns sofreram lesões, mas com um final feliz: todos foram disputados para uma adoção, ao contrário de políticos, que ninguém deseja fazer uma adoção , não é?

Os ratos ali soltos, no plenário, eram bonitos, bem tratados, daqueles que se criam como animais domésticos, bem diferentes de tantos outros, que habitam locais onde a sujeira predomina e que os acolhem tão bem, e onde encontram condições ideais para a sua sobrevivência. Estavam assustados, sentindo-se num lugar estranho e ao mesmo tempo familiar, vendo muitos parecerem exemplares de suas espécies, gigantes, vestindo paletó e gravata, falantes, e calados, totalmente, quando necessário.

Quantas semelhanças existem, entre homens e ratos! Gostamos de queijo como ninguém? Adoramos torcer pelo Jerry na sua eterna batalha, diária, contra o gato Tom. E o grande super-herói dos camundongos, o Super Mouse, que tanto nos alegrou na infância, em desenho animado, lembram?

Ah, não podemos esquecer o “mouse”, como instrumento de uso em computadores, que tanto nos auxilia nas tarefas!

São tantas relações existentes entre o homem e os ratos, e querem reforçar ainda mais, e com mais evidência, logo com os políticos. Às vezes, levam até nome de gatunos, sem tantos motivos para isso, não acham? Tento enxergar razões para essas comparações, porém, prefiro entender que a comparação existe, e as semelhanças, mais ainda, e com a certeza de que pelo menos, os ratos, são os irracionais da vez.

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