quinta-feira, 2 de abril de 2015

UM TIRO NO PÉ DAS INTENÇÕES


UM TIRO NO PÉ DAS INTENÇÕES

Por Carlos Delano Rebouças

Dizem que de pessoas bem intencionadas, o mundo está repleto, porém, no afã de conquistar seus objetivos, muitas vezes trocam-se os pés pelas mãos, e se dizem perdoados.

Perdoados pelo que, amigos? É somente uma questão de interesse, e nada mais. Não devemos nos portar tão compreensivos, ou mesmo, ingênuos, diante da retórica aplicada nos seus discursos.

No Brasil tudo se faz; têm-se graves consequências; e insistimos em nos manter rindo das situações, como a única alternativa. Acabamos nos convencendo de que quem nos convence, deve se postar assim, caso contrário, não estaria como todos os outros. Seria diferente e sendo diferente, estaria como um peixe fora do aquário. Sabe daquela história que somos todos “japoneses”?

Como japoneses também somos tratados. Ou somos como um grande rebanho, marcados, a ferro e fogo? Nosso título de eleitor e o nosso rótulo. Somos a massa que espera boas intenções, sem ao menos sabermos de fatos quais são as nossas.
Tantos discursos, inflamados, e contundentes, não são, amigos?  Tem momentos que penso que o “Aurélio” é o seu melhor amigo. Não! Desculpem-me, já estamos na era do Google.

O pé das intenções levou um tiro certeiro, daqueles que fazem mudas os rumos da vontade pública. A voz de quem anunciou defender, passou a se defender, defendendo os interesses de uma minoria, como um forte escudo protetor, que encobre erros, que podem não serem vistos facilmente, até que precisem novamente dos “japoneses” de deveres e direitos de escolher, sem mesmo saber como faz.

Mas o pé das intenções, mesmo ferido, pode ser cicatrizado. Pode, quem sabe, saltar como um Saci Pererê, que de salto em salto, segue em frente, avança, e pode chegar a um nível que seja suficiente para enxergar facilmente as coisas. Pode até se tornar um elemento multiplicador, de uma nova consciência, que venha a se tornar não um tiro no pé, mas um tiro que saiu pela culatra.


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