terça-feira, 12 de maio de 2015

AMO ESCREVER


Por Carlos Delano Rebouças

Parece um vício, como qualquer outro, mas escrever para mim é como se combinasse prazer e obrigação, esta, de servir muito bem ao leitor.

Mas quanto ao prazer, afirmo, sem devaneios, que tem um sabor muito especial para mim. Significa criar? Não! E sim, falar uma verdade que não quer calar dentro de mim, diante da inquietude indomável de me expressar.

Uma vez perguntado sobre o que me inspira a escrever, respondi: “tudo que me rodeia, inclusive o homem”.

Estímulos, temos em tudo. Não há nada que não nos sirva para nos levar a escrever a primeira palavra, frase e período. Quando nem percebemos, nasce um texto, curto ou longo, e que importa o tamanho, desde que seja coerente, que passe uma mensagem?

Escrever é como se extraíssemos da alma tudo aquilo que armazenamos, nossas vivências, experiências e conhecimentos. Com esta extração, montamos um quebra-cabeça de pensamentos, numa defesa severa de um ideal, mesmo, às vezes, com falsas ilusões. Comportamo-nos, inicialmente, como escritores e leitores de nossas obras, vendo-as como uma arte, e quando o brilho da satisfação reluz em nosso olhar, tratamos logo de perpetuá-las, a quem queira apreciá-las.

Conhecemos o homem e respeitamos o seu pensamento. Ele, vivo, fala e tem ouvidos, quase sempre, próximos a lhe ouvir. Quando não, vai ao seu leitor onde ele estiver, mas sempre escrevendo e deixando sua marca, mesmo quando vivo, não mais estar.

Sua marca é deixada nas entre linhas da vida, para serem decodificadas, analisadas, e propagadas, para sempre, pelas gerações. Somos escritores de nossa história, inapagável, mesmo que a lembrança não mais permita apresentá-la por completo.

Exercite a escrita, como deve fazer com a leitura, obviamente. Elas se completam numa cumplicidade inquestionável. Escreva com amor, paixão e responsabilidade; e se já faz, parabéns, pois integra o um grupo de apaixonados pela arte de escrever, que reconhece a sua importância e sabe que sempre existe um leitor a postos para apreciar seus escritos, mesmo que seja você mesmo.

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