Por
Carlos Delano Rebouças
Parece um vício, como qualquer
outro, mas escrever para mim é como se combinasse prazer e obrigação, esta, de
servir muito bem ao leitor.
Mas quanto ao prazer, afirmo,
sem devaneios, que tem um sabor muito especial para mim. Significa criar? Não!
E sim, falar uma verdade que não quer calar dentro de mim, diante da inquietude
indomável de me expressar.
Uma vez perguntado sobre o que
me inspira a escrever, respondi: “tudo que me rodeia, inclusive o homem”.
Estímulos, temos em tudo. Não
há nada que não nos sirva para nos levar a escrever a primeira palavra, frase e
período. Quando nem percebemos, nasce um texto, curto ou longo, e que importa o
tamanho, desde que seja coerente, que passe uma mensagem?
Escrever é como se extraíssemos
da alma tudo aquilo que armazenamos, nossas vivências, experiências e
conhecimentos. Com esta extração, montamos um quebra-cabeça de pensamentos,
numa defesa severa de um ideal, mesmo, às vezes, com falsas ilusões.
Comportamo-nos, inicialmente, como escritores e leitores de nossas obras,
vendo-as como uma arte, e quando o brilho da satisfação reluz em nosso olhar,
tratamos logo de perpetuá-las, a quem queira apreciá-las.
Conhecemos o homem e
respeitamos o seu pensamento. Ele, vivo, fala e tem ouvidos, quase sempre,
próximos a lhe ouvir. Quando não, vai ao seu leitor onde ele estiver, mas
sempre escrevendo e deixando sua marca, mesmo quando vivo, não mais estar.
Sua marca é deixada nas entre
linhas da vida, para serem decodificadas, analisadas, e propagadas, para
sempre, pelas gerações. Somos escritores de nossa história, inapagável, mesmo
que a lembrança não mais permita apresentá-la por completo.
Exercite a escrita, como deve
fazer com a leitura, obviamente. Elas se completam numa cumplicidade
inquestionável. Escreva com amor, paixão e responsabilidade; e se já faz,
parabéns, pois integra o um grupo de apaixonados pela arte de escrever, que
reconhece a sua importância e sabe que sempre existe um leitor a postos para
apreciar seus escritos, mesmo que seja você mesmo.
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