quinta-feira, 7 de maio de 2015

COMO O PLANETA


Por Carlos Delano Rebouças

O mundo é uma bola, redondo, que gira e nem percebemos, porém, o tempo não para. Parece pequeno, mas esse mundo de meu Deus é enorme e cheio de mistérios, semelhante à vida, nossas, que sequer a conhecemos por completo, antes que se tenha um fim.

A bola, redonda, também como um globo, e que no esporte, varia seu tamanho, adequando-se à modalidade que seja, vira a válvula de escape de tantos, que desejam com ela, aos seus pés ou mãos, conquistar o mundo. Aos pés, craques driblam dificuldades e preconceitos, e passam-na, entre as canetas do adversário, que nem sempre as usou com as mãos, com a fuga, completa, de todas as conotações. Assim é no futebol.

Quantas semelhanças entre a bola e o mundo, a começar pelo formato! O mundo e sua geografia, nem sempre atraem a descoberta, sejam pelos estudos ou pela educação, mas, muito mais, através do futebol. O planeta é desbravado de uma ponta a outra, em todos os seus continentes, e a cultura de um povo, passa a ser a sua cultura, como um nativo que fala a mesma língua. A língua do futebol.

O planeta vive um momento de grande integração de raças e povos. No futebol a mesma coisa. Neymar, ao lado de Messi e Suárez formam o ataque do Barcelona da Espanha. Trio sul-americano de um time recheado de craques de tantas outras nações, que se orgulham de seus astros do futebol, mas que não se esquecem de que também, o mundo gira, gira, gira, e gira, como a bola em seus pés; e que para girar, também precisam de outros astros, em outras áreas do conhecimento.

Esse planeta redondo, um dia foi pensado ser de outro formato, por este mesmo homem que não demorou muito a dar-lhe voltas, não em 80 dias, como assina Júlio Verne, mas em tempos bem menores.

Em tempos modernos, onde tudo funciona numa velocidade imensurável, e até, incontrolável, bem mais rápido que girar o globo terrestre numa mesa de estudo, diante da curiosidade de descobrir, de conhecer e de construir um imaginário, que cada vez mais, perde-se, diante de tantos desinteresses. Já bastam os recursos da Internet, com mapeamentos via satélite do mundo. Seria como esquecer o prazer de uma leitura de um livro, folheado, a apreciar lê-lo na tela de um computador?

Prefiro girar o globo, folhear livros e usar as canetas para escrever, em vez de fechá-las aos dribles de craques de futebol, que apreciam tanto a bola, redonda como o mundo, este, que sequer sentimos curiosidade e prazer em desbravá-lo, nem que seja pelo simples globo terrestre.

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