Por Carlos Delano Rebouças
O
mundo é uma bola, redondo, que gira e nem percebemos, porém, o tempo não para.
Parece pequeno, mas esse mundo de meu Deus é enorme e cheio de mistérios,
semelhante à vida, nossas, que sequer a conhecemos por completo, antes que se
tenha um fim.
A
bola, redonda, também como um globo, e que no esporte, varia seu tamanho, adequando-se
à modalidade que seja, vira a válvula de escape de tantos, que desejam com ela,
aos seus pés ou mãos, conquistar o mundo. Aos pés, craques driblam dificuldades
e preconceitos, e passam-na, entre as canetas do adversário, que nem sempre as usou
com as mãos, com a fuga, completa, de todas as conotações. Assim é no futebol.
Quantas
semelhanças entre a bola e o mundo, a começar pelo formato! O mundo e sua
geografia, nem sempre atraem a descoberta, sejam pelos estudos ou pela
educação, mas, muito mais, através do futebol. O planeta é desbravado de uma
ponta a outra, em todos os seus continentes, e a cultura de um povo, passa a
ser a sua cultura, como um nativo que fala a mesma língua. A língua do futebol.
O
planeta vive um momento de grande integração de raças e povos. No futebol a
mesma coisa. Neymar, ao lado de Messi e Suárez formam o ataque do Barcelona da
Espanha. Trio sul-americano de um time recheado de craques de tantas outras
nações, que se orgulham de seus astros do futebol, mas que não se esquecem de que
também, o mundo gira, gira, gira, e gira, como a bola em seus pés; e que para
girar, também precisam de outros astros, em outras áreas do conhecimento.
Esse
planeta redondo, um dia foi pensado ser de outro formato, por este mesmo homem
que não demorou muito a dar-lhe voltas, não em 80 dias, como assina Júlio
Verne, mas em tempos bem menores.
Em
tempos modernos, onde tudo funciona numa velocidade imensurável, e até,
incontrolável, bem mais rápido que girar o globo terrestre numa mesa de estudo,
diante da curiosidade de descobrir, de conhecer e de construir um imaginário,
que cada vez mais, perde-se, diante de tantos desinteresses. Já bastam os
recursos da Internet, com mapeamentos via satélite do mundo. Seria como
esquecer o prazer de uma leitura de um livro, folheado, a apreciar lê-lo na
tela de um computador?
Prefiro
girar o globo, folhear livros e usar as canetas para escrever, em vez de
fechá-las aos dribles de craques de futebol, que apreciam tanto a bola, redonda
como o mundo, este, que sequer sentimos curiosidade e prazer em desbravá-lo,
nem que seja pelo simples globo terrestre.
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