quarta-feira, 26 de agosto de 2015

NÉSCIO OU INSIPIENTE? PREFERIMOS O IGNORANTE


Por Carlos Delano Rebouças

O comportamento humano é indiscutivelmente algo que permite diversos estudos, análises e reflexões, principalmente para profissionais da psicologia, cabível também, porque não, à sociologia, ao serviço social, e às outras ciências humanas, mas que em circunstância alguma possibilitam uma conclusão exata e perfeita sobre seus resultados, que levem a uma maior compreensão sobre seus reflexos na sociedade
.
O homem prefere adotar determinadas posturas, insensatas, incoerentes aos olhos da sociedade, com a preferência em adotar uma imagem de vítima, que desconhece regras e normas de conduta, bem menos por não ter sido orientado corretamente, em processos de educação, e bem mais por se sentir compreendido sob o rótulo de um ignorante.

Essa fuga em assumir esse vazio de consciência, agindo como se no mundo não existissem leis, que numa educação familiar pode ser tratada como regras de convivência, origina-se um novo modelo de homem, o qual, em sociedade, revela-se e transforma-se, a cada instante, ante as propostas apresentadas. Surge um ser multifacetado, de cujos comportamentos podem representar ou não um perigo para a sociedade.

Quantos exemplos de atitudes reprováveis são adotados por jovens e adultos no mundo inteiro, não é?
 
As pessoas estão cada vez mais intolerantes e incompreensivas com o semelhante. Chegou-se a um ponto que ninguém consegue mais segurar uma explosão, sem ao menos iniciar a sua contagem de 1 a 10. Agimos com ignorância, mesmo sendo mais sensatos, achando que é a forma mais correta de combater a insipiência.

Os frutos das nossas atitudes, inevitavelmente, colhemos. Sendo ou não insipientes, e agindo impensadamente nas mesmas proporções daqueles, que se resguardam com o rótulo de ignorante, teremos o mesmo retorno, e se não for pior, pois sempre alguém que nos conhece não hesitará de ressaltar que estamos em um nível acima e ainda nos tornamos o autor de um ato tão impensado.

Veja como é enxergada a nossa responsabilidade, principalmente por aqueles que parecem mais coerentes nas suas atitudes, e que acham que não podemos errar, numa sociedade que não aceita erros.

Temos que estar sempre vigilantes com as nossas atitudes, controlando o nosso pensamento, humildes também no pensamento que somos falhos, entretanto, sem jamais achar que podemos um dia justificar nossos erros, na fraqueza de assumir uma ignorância que não faz parte do seu perfil.

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