sábado, 20 de agosto de 2016

BIOGRAFIA DE CEARENSES: ANTONIO CONSELHEIRO


Antônio Vicente Mendes Maciel - Nasceu em Quixeramobim (CE) no ano de 1828. Viveu em uma sociedade injusta, marcada pela exclusão, violência e miséria. Em virtude da morte de seu pai, em 1855 (devido a disputa de terras), não pôde continuar os estudos e tornar-se padre. Casado, fracassou em vários empregos: professor primário, caixeiro e rábula. Foi abandonado pela mulher em 1957, que o trocou por um soldado de polícia. Arruinado e sem dinheiro, mudou-se para Bahia. Tinha o sonho de viver em uma comunidade sem exploração, tendo como sustentáculo, a Fé e o trabalho, onde as pessoas fossem felizes e vivessem em paz. Tornando-se um beato e iniciou sua pregação, formando uma legião de seguidores sertanejos. Em 1893, Conselheiro e seus seguidores fixaram-se numa fazenda abandonada (às margens do rio Vasa-barris), que Conselheiro batizou como "Arraial de Belo-Monte", mais conhecida como Canudos, formando uma comunidade alternativa, igualitária. Logo a comunidade atingiu dimensões extraordinárias, atingindo 30 mil pessoas e assustou as elites nordestinas, que perdiam sua mão-de-obra servil. Canudos passou a ser difamada e descriminada, culminando com a sua destruição em 1897. Conselheiro foi morto e a maioria dos canudenses foram degolados. Esta é a única foto de Antônio Conselheiro que chegou aos nossos dias. O episódio de Canudos inspirou o jornalista Euclides da Cunha (correspondente do jornal "O Estado de São Paulo") a escrever a obra "Os sertões" e muitas outras obras como pinturas de Descartes Gadelha e o filme" Canudos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário