quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O VOTO E O FIM DE UMA AMIZADE


Carlos Delano Rebouças

Hoje, reparando no meu Facebook, percebi que vários de tantos amigos desta rede social não mais compõem a minha pequena lista, como também, tantos outros não estão sendo vistos com suas postagens, comentários e curtidas. Por que será? Por que essa percepção se dá tão acintosamente nos últimos tempos?
Não tenho dúvidas que se trata de reflexo dos diversos desdobramentos políticos nos últimos anos, e que significam, de fato, uma consequência direta e real de uma falta de compreensão sobre o verdadeiro significado da palavra democracia.
Sei que muitos se demonstraram irredutíveis na aceitação do ponto de vista de tantos, colocados nas redes sociais. Vi ataques, ofensas e exageros. Incluo-me perfeitamente nesse grupo. Como me excedi, amigos! Porém, sempre privando pelo cuidado quanto a uma ofensa direta, pessoal, que poderia ir de encontro com a moral e o respeito. Mesmo assim, confesso que me excedi e ficam aqui as minhas sinceras desculpas.
Entretanto, em nenhum momento levei para o lado pessoal, de pensar em extinguir a amizade, mesmo que seja “facebookiana”. Muitos ou já são amigos bem antes da rede social, outros, feitos nos mais diferentes setores da vida, que permitem uma avaliação mais profunda sobre o caráter, suficiente para permitir discernir atitudes e prevalecer a compreensão.
Como a humanidade é insipiente nas suas atitudes. Deixamo-nos levar pelas emoções, pelas opiniões, para formar novas opiniões sobre pessoas, e que outrora, tínhamos absoluta certeza de seu caráter e chamávamos, de boca cheia, de amigos.
As eleições passaram, passam e sempre vão passar. As palavras existem, são aglutinadas, formam frases e períodos dentro de um contexto, e depois de ditas, não voltam mais. Saem como flechas e podem causar efeitos de um torpedo, ferindo o ego de alguém.
O perdão existe para ser aplicado. A compreensão existe para ser usada. Reflita.


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